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Relacionamento Afetivo: um desafio do auto-conhecimento

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Quando uma pessoa procura terapia para melhorar o seu relacionamento afetivo ao menos uma coisa é certa: vai ser preciso ajudá-la a ver melhor a si mesma e à pessoa amada.

Relacionamento afetivo é sempre uma mistura de amor e ilusões...
Amor pelo outro.
Amor pela vontade de compartilhar a sua vida com alguém. Amor pela vida a dois.

Mas também uma dose, maior ou menor, de ilusão.
Ilusão de que o outro vai trazer a tão procurada felicidade.
Ilusão de que o outro vai acabar para sempre com a solidão. Ilusão de que o outro vai trazer a paz de espírito.
Ilusão de que o outro vai trazer segurança.

Quando a pessoa percebe que a convivência traz sofrimento e frustração, tem a sensação de que foi pega em uma armadilha e geralmente começa a procurar um culpado por estar se sentindo infeliz.

Geralmente no início, ela culpa a si própria.
Começa a lembrar de seus fracassos e dificuldades nos relacionamentos anteriores, acredita que está fazendo tudo errado e por mais que se esforce não consegue sair do buraco. Pensa que está feia, gorda demais, desagradável, briguenta, mal humorada...

Quando essa auto-tortura fica insuportável, a pessoa passa, então a atacar o parceiro. Cada ação do outro é capaz de inspirar um sentimento de irritação que parece absolutamente justificado. Até a forma de comer dele torna-se irritante. O jeito de falar com qualquer pessoa parece mais atencioso do que a maneira com que fala com o parceiro.

E assim, se instala o silencioso processo de decepção com o outro, com o amor e com a vida.....

A terapia de pessoas que buscam relacionamentos verdadeiros, sempre envolve o rompimento com os ideais de relacionamento perfeito; a consciência de que para trilhar o caminho do amor é necessário mais do que de paixão, é preciso que haja compromisso, aceitação, respeito e dedicação; ter uma percepção clara de si mesmo e do outro. Enfim, é aprender a valorizar o amor e transformar as imperfeições em zonas de crescimento.

Sabemos que temos diferenças grandes, mas estamos dispostos a ser compreensivos com nossas mazelas para aprender a amar.

Sabemos que temos projetos diferentes mas respeitaremos a autonomia do outro para conseguirmos aplaudir as suas vitórias...

Nesses vários anos atendendo pessoas com dificuldades em seus relacionamentos, observei que os casais que criam relacionamentos sólidos freqüentemente não são aqueles mais apaixonados, mas os que têm o compromisso de evoluir juntos e que aprenderam a amar não somente o outro, mas também a vida que construíram.

E você? Como está o seu comprometimento com o amor de verdade?

Claudia Bava Shinyashiki
data: 15-10-2012
     
   O-Núcleo Psicologia
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