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MultimídiaNão me dou bem com o meu chefe o que posso fazer?[ publicação ]Nos ambientes de trabalho, é muito comum, as pessoas apresentarem dificuldades no relacionamento com o seu chefe.
Como isto acontece? Isso acontece porque muitas pessoas projetam no chefe uma imagem parental, e começam a atuar buscando a aprovação deste “pai”. Que tem basicamente dois poderes: o de punir ou de recompensar. Quando recebem um elogio, se sentem bem. Mas quando recebem uma crítica fragilizam-se e atuam como se fossem uma criança ouvindo uma bronca, e não um profissional adulto buscando seu aperfeiçoamento. Neste momento, muitas vezes, esta “criança interior” assume o comando e a sensação de desaprovação cresce e toma conta. A fantasia é de que, a qualquer momento, ele vai ser criticado novamente.
O que isto gera? Isto alimenta um estado de tensão e a capacidade de pensar e de gerar resultados cai. O profissional perde o foco da tarefa, e começa a tentar cumprir as expectativas que ele imagina que o chefe tem em relação a ele. Suas condutas passam a ser guiadas por todas estas emoções. O que gera inúmeras falhas: emails não enviados, tarefas mal acabadas, prazos não cumpridos...
O profissional, ainda sob o “comando” desta criança, ao invés de, assumir a responsabilidade por estes erros, fica buscando justificativas. O que, além de deixar o chefe mais irritado, não cria a possibilidade de mudança, pois se a culpa é do outro ou do mundo, eu não posso fazer nada a respeito. Assim, a relação entre os dois, só piora.
Com essa sequência de comportamentos, o colaborador, muitas vezes, entra num círculo vicioso. Quanto mais é criticado, mais erra, mais justifica e mais críticas recebe. Diante deste quadro, a única saída que ele vislumbra é a mudança de área, ou ainda, a sua demissão.
É claro que, como em todos os lugares, existem chefes difíceis e muitas vezes, a melhor saída, realmente é mudar de trabalho.
Mas, se isto tem se repetido na sua vida, podemos dizer que é um padrão. Se este for o seu caso, então vale a pena, parar para refletir. Porque aí, o problema não é o chefe, mas sim a maneira como você se relaciona com ele.
Então, o que fazer? Como interromper essa sequência e estabelecer um novo padrão?
Primeiro, perceba qual a situação que faz você se sentir como uma criança criticada pelo pai. Quais os sentimentos que surgem? Eles contribuem para a solução ou agravam mais o problema?
A questão, muitas vezes, não é a crítica em si, mas o que faço com ela. Procure transformá-la em algo motivador, que gere em você o desafio de crescer e de se aperfeiçoar. Quase toda a crítica pode ser convertida em auto-superação.
Á partir daí, assuma a responsabilidade pelo erro que levou à critica. E procure corrigi-lo. Foque nas suas metas e no quanto o seu trabalho pode contribuir para um bem maior.
Não foque só em agradar o seu chefe. O seu chefe não é seu pai ou sua mãe. Cuide para que vocês possam ter uma relação boa. Se ficarem amigos e se gostarem, ótimo! Se não, vocês podem buscar uma boa convivência, com respeito e cooperação.
Lembre-se, vocês tem pelo menos um objetivo em comum, que é contribuir para o sucesso da empresa. Pensando desta forma, você se colocará como um adulto diante de outro adulto.
A empresa precisa e conta com os seus resultados! Se o seu chefe não puder lhe dar este reconhecimento. Busque em você a satisfação de ter se superado! Carla Poletti Schmidt data: 16-10-2012
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